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Segurança do paciente desde o início

Segurança do paciente desde o início

Hospital Adventista de Belém reforça a cultura de segurança do paciente por meio das ações do Núcleo de Segurança do Paciente SCIRAS/Qualidade, com foco no cuidado neonatal e pediátrico.

Ainda é cedo quando a técnica de enfermagem Elizabeth Tavares chega ao CETIN.

O corredor repousa em silêncio. Antes do primeiro bip dos monitores, ela inicia o ritual que antecede o toque: higieniza as mãos, organiza o material estéril, confere o cateter, observa o bebê.

Cada gesto tem um porquê.

Cada movimento é uma barreira invisível entre o risco e a vida.

No CETIN, a técnica de enfermagem Elizabeth Tavares orienta Renata Pires, mãe do pequeno Sebastian, que permaneceu mais de 60 dias internado na unidade neonatal. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Precisão que protege vidas

No Posto 3, a rotina também nasce da precisão.

Ao assumir o plantão, Risoneide Printes, técnica de enfermagem, confirma em voz baixa a identificação da criança: confere a pulseira, a plaqueta do leito e o prontuário — nome, data de nascimento e alergias.

A pulseira de identificação é colocada no primeiro contato com o paciente e contém informações essenciais — nome, data de nascimento e possíveis alergias —, garantindo segurança e rastreabilidade em todas as etapas do cuidado. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Quando nota qualquer alteração, registra no quadro assistencial e alinha condutas com a equipe, garantindo uma comunicação segura e eficaz.

Essas rotinas refletem uma filosofia consolidada: a de que a segurança do paciente começa com o conhecimento e se sustenta pela prática.

“Nosso papel é garantir que cada colaborador compreenda que segurança não é um ato isolado, mas uma forma de amar por meio do cuidado técnico.” — Márcia Lima, enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente SCIRAS/Qualidade

Enquanto cada profissional do Hospital Adventista de Belém repete, com precisão e propósito, o gesto de cuidar dos recém-nascidos e crianças, o mundo também volta seus olhos para o mesmo princípio.

A enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente SCIRAS/Qualidade, Márcia Lima, durante a ação de conscientização sobre segurança do paciente realizada no Posto 3. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Os indicadores internacionais mostram que uma parcela significativa dos eventos adversos em hospitais ocorre justamente nos primeiros estágios da vida — quando o corpo é mais frágil e depende totalmente da atenção e da técnica de quem cuida.

O chamado da OMS para um cuidado seguro e integral

Foi diante dessa realidade que a Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicou o Dia Mundial da Segurança do Paciente 2025 à proteção dos recém-nascidos e das crianças.

Com o slogan “Segurança do paciente desde o início!”, a campanha global mobiliza profissionais, famílias e instituições de saúde em todo o mundo para fortalecer a confiança no cuidado e adotar práticas que previnam danos evitáveis.

Mais do que um alerta, é um chamado à responsabilidade coletiva — um lembrete de que o cuidado seguro precisa nascer junto com a vida e crescer com ela, em cada olhar atento e em cada gesto responsável.

Da diretriz global à prática hospitalar

No Hospital Adventista de Belém, essa diretriz se transforma em prática viva por meio do trabalho do Núcleo de Segurança do Paciente SCIRAS/Qualidade, que atua em todos os setores com auditorias, rondas, capacitações e análise de indicadores.

“O núcleo existe para fazer a ponte entre a teoria e a realidade do cuidado. Nosso foco é transformar protocolos em hábitos e hábitos em cultura.” — Sidney Monteiro, coordenador do Núcleo SCIRAS/Qualidade

Transformar diretrizes em gestos é o que dá sentido à cultura de segurança do Hospital Adventista de Belém.

O que a OMS propõe ao mundo, o Núcleo SCIRAS/Qualidade transforma em movimento — um trabalho contínuo que ensina, orienta e acompanha cada setor da instituição, inspirando colaboradores a viver a segurança como propósito.

Ações que fortalecem uma cultura viva de segurança

Nos dias 17 e 18 de setembro, essa missão ganhou forma e presença nos corredores do hospital.

O Núcleo SCIRAS/Qualidade percorreu o CETIN, o Posto 3, o Bloco Cirúrgico e o Pronto-Socorro Infantil (PSI), reforçando que segurança vai além dos protocolos — é cultura, consciência e compaixão.

Durante as visitas, foram promovidas dinâmicas interativas que convidaram os profissionais a refletirem sobre o significado de cada gesto técnico e sobre a responsabilidade compartilhada de manter o paciente seguro.

“A gente quis que cada colaborador parasse por um instante e lembrasse o motivo de cada gesto. Por que lavar as mãos? Por que checar a pulseira? Por que confirmar o horário da medicação? Cada uma dessas ações protege uma vida.” — Márcia Lima, enfermeira do Núcleo SCIRAS/Qualidade

Segundo Márcia, o papel do núcleo vai além da inspeção:

“Nós não fiscalizamos, nós cuidamos junto. Nosso trabalho é caminhar com as equipes, escutar, orientar e construir soluções que mantenham o paciente no centro do cuidado. Cada orientação é um lembrete de que segurança também é empatia.”

Essas ações integram o esforço global da OMS para transformar o cuidado pediátrico e neonatal, reforçando cinco pilares:

  1. Assistência segura no parto e pós-parto;
  2. Segurança da medicação e imunização;
  3. Diagnóstico seguro;
  4. Prevenção de infecções;
  5. Reconhecimento precoce de sinais de deterioração clínica.

No Adventista, essas metas ganham vida nas equipes que traduzem protocolos em gestos cotidianos — do cuidado neonatal ao atendimento pediátrico, da rotina cirúrgica às urgências.

Segurança que nasce junto com o cuidado

No CETIN, a segurança do paciente começa antes mesmo do toque.

As profissionais vestem roupas esterilizadas — tecido leve, cheiro de sabão neutro, símbolo de um novo turno.

A enfermeira Cristiane Cunha, do CETIN, compartilha a rotina de cuidados com os recém-nascidos prematuros e reforça a importância dos protocolos de segurança que garantem proteção e bem-estar desde os primeiros dias de vida. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Prendem o cabelo sob a touca, ajustam a máscara sobre o rosto e seguem o ritual silencioso que antecede o cuidado.

“Mantemos as portinholas sempre fechadas, elevamos a cabeceira para prevenir broncoaspiração, fazemos mudanças de decúbito a cada duas horas e usamos placas de proteção para evitar lesões. A pele dos prematuros é delicada — cada cuidado é vital.” — Cristiane Cunha, enfermeira do CETIN

Esses são alguns dos principais cuidados de segurança realizados diariamente com os bebês prematuros do CETIN — ações que exigem atenção contínua, precisão técnica e sensibilidade humana.

Em cada ajuste de cabeceira, em cada troca de decúbito ou conferência do acesso venoso, há uma decisão que pode determinar o conforto e a estabilidade de um recém-nascido.

Pequenos gestos, quando somados, tornam-se grandes barreiras de proteção — e é neles que a vida encontra espaço para florescer.

Aprender para cuidar

Ao lado dos profissionais, as mães também aprendem o valor desses gestos.

Rayane Penha, que viveu dias de incerteza com os gêmeos nascidos de apenas 26 semanas, lembra com gratidão o cuidado recebido:

“Eu tinha medo de que eles não resistissem. Mas quando vi a forma como a equipe cuidava — como se fossem delas —, senti confiança. Elas cuidam com amor e carinho, como se fosse da própria família.”

Entre incubadoras e leitos pediátricos, o mesmo propósito se repete: proteger a vida em cada detalhe.

O que começa no silêncio do CETIN — entre alarmes e respirações delicadas — continua no ritmo vivo do Posto 3, onde o cuidado ganha voz, cor e movimento.

Raiane, mãe de gêmeos prematuros que passaram por um período de internação no CETIN, durante um momento de cuidado e vínculo com um dos bebês. Histórias como a dela revelam a importância da segurança e da humanização no cuidado neonatal. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Da técnica à ternura: a rotina do Posto 3

No Posto 3, onde o colorido dos brinquedos divide espaço com os sons dos monitores, a segurança também se revela em gestos simples — e em olhares atentos.

Ali, a rotina da equipe de enfermagem é guiada por um princípio: toda criança precisa se sentir segura para se recuperar.

“Quando entramos no quarto, a primeira coisa é confirmar as informações da pulseira de identificação da criança: o nome, a data de nascimento. Depois, explicamos cada passo. A comunicação é fundamental. Ela evita erros e acalma o coração.” — Patrícia Sacramento, enfermeira do Posto 3

Tecnologia e confiança

Cada cuidado segue um protocolo.

As pulseiras de identificação são conferidas a cada novo procedimento.

As medicações passam por dupla checagem entre técnica e enfermeira.

O quadro assistencial — fixado em cada quarto — traz informações sobre alergias, horários e orientações específicas, servindo de ponte entre equipe e família.

“Quando vamos administrar uma medicação, bipamos o código de barras e checamos na beira do leito — é o que chamamos de checagem segura. Assim, garantimos que é o medicamento certo, na dose certa, para o paciente certo.” — Patrícia Sacramento, enfermeira do Posto 3.

Segundo Márcia Lima, enfermeira do Núcleo SCIRAS/Qualidade, essa rotina é resultado de um trabalho constante de conscientização e acompanhamento.

“Quando a equipe confere a pulseira, faz a dupla checagem ou orienta a família, ela está aplicando aquilo que é cultivado todos os dias — a segurança como valor institucional.”

Além da tecnologia e dos protocolos, há o afeto que sustenta o cuidado.

Cada bom dia, cada explicação, cada escuta é parte de um elo de confiança construído entre equipe e família — um elo que transforma o ambiente hospitalar em um espaço de acolhimento e fé em ação.

Segurança como propósito coletivo

A segurança do paciente depende da integração entre profissionais, processos e famílias.

O coordenador do Núcleo de Segurança do Paciente SCIRAS/Qualidade, Sidney Monteiro, durante momento de orientação com a equipe de enfermagem do Bloco Cirúrgico, reforçando os pilares da campanha “Segurança do Paciente desde o Início”. (Foto: ASCOM / AH Belém)

Ela acontece quando cada um entende o seu papel — do técnico que confere a pulseira ao médico que prescreve, do farmacêutico que valida a medicação à mãe que pergunta e participa.

“Segurança não é um ato isolado. É o resultado da união entre conhecimento, atenção e propósito. Cada colaborador tem o poder de transformar o cuidado em um gesto de amor técnico e consciente.” — Sidney Monteiro, coordenador do Núcleo SCIRAS/Qualidade

Fé e técnica que caminham juntas

Para Sidney, essa missão traduz a essência do Hospital Adventista de Belém:

“Somos um hospital que acredita que fé e técnica caminham juntas. Cada treinamento, cada auditoria e cada conversa com a equipe é uma oportunidade de reafirmar nossa missão: servir, curar e salvar. A segurança do paciente é o fio que conecta tudo isso.”

Mais do que protocolos, são compromissos que orientam a prática diária e inspiram confiança em cada detalhe do cuidado.

No Hospital Adventista de Belém, cada dupla checagem, cada orientação dada a uma mãe e cada barreira de segurança implantada é parte de uma missão maior — servir, curar e salvar.

Porque, aqui, a fé também se manifesta no cuidado técnico.

E a segurança do paciente não é apenas um dever profissional — é a expressão mais pura do amor em ação.